Capítulo 5 - Transmissão de Dados - Página 11  

5.11 Embaralhamento 

Numa transmissão de dados não é garantido que as probabilidades de ocorrência de bits 0 e 1 sejam 50% para cada devido à particularidades do sinal a ser transmitido. Por exemplo, num sistema TDM, um canal vago será sempre preenchido com bits 0, acarretando em maior probabilidade de ocorrência deste valor para o bit.
 
Se a probabilidade de bits não for igual, há dificuldade em se obter o sincronismo com o oscillador do demodulador, visto que o sincronismo é gerado pelas transições de bits 0 para bits 1. Uma forma eficiente de corrigir tal problema consiste no emprego de um gerador de bits do tipo pseudo-aleatório.

O gerador pseudo-aleatório produz uma sequência de bits sendo de 50% a probabilidade de ocorrência  de bits 0 e 1. Este gerador é composto por um registrador de deslocamento de n bits, sendo que algumas de suas saídas são realimentadas à entrada através de portas lógicas com valores lógicos fixos (a1 a an). A sequência possui um ciclo de m=2n-1 bits e depende da realimentação e dos valores iniciais presentes no registrador de deslocamento no início do processo (b1 a bn).
 
Para embaralhar uma sequência de dados BS, aplicam-se esta e a saída do gerador numa porta OU-EXCLUSIVO. O desembaralhamento é feito de forma semelhante no demodulador, quando são aplicados à porta OU-EXCLUSIVO, o sinal a ser desembaralhado BS' e a saída do gerador pesudo-aleatório local.

Para que o desembaralhamento funcione adquadamente é necessário que haja sincronismo entre as sequências pseudo-aleatórias. Tanto a palavra de sincronismo como a sequência pseudo-aleatória gerada são conhecidas, fato que permite o reconhecimento da palavra de sincronismo antes mesmo do desembaralhamento e que é utilizado a fim de obter o sincronismo necessário.
 

 


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