Capítulo 1 - Conceitos Preliminares - Página 26 

1.33 Distorção Linear 

Intuitivamente percebe-se que um sinal não perde a informação que transporta quando há um
atraso constante no seu recebimento ou quando há uma alteração constante da intensidade
em relação ao sinal original. Entretanto, se o atraso ou a intensidade variam no tempo rapidamente, a informação original não pode mais ser replicada, caracterizando a distorção do sinal.
 
A resposta ao impulso de um circuito elétrico fisicamente realizável que não distorce o sinal
incidente deve ser um impulso com amplitude fixa K  deslocado no tempo de um valor  fixo DT > 0.
 
h(t) = K.d(t - DT)     (1-45)
 
Tomando-se a transformada de Fourier desta resposta ao impulso obtém-se a função de
transferência do circuito que não distorce a informação.
 
H(f) = K.e -j.2.p.f.DT      (1-46)
donde nota-se que Caso as condições acima não sejam satisfeitas, diz-se que há distorção linear.
 
No exemplo abaixo verifica-se que a função H(f) apresenta pouca distorção linear nas frequências
próximas de zero. As retas tracejadas indicam como deveria ser a função de transferência sem
distorção linear.
 
 
Como DT deve ser um valor positivo, a fase de H(f) deve sempre diminuir com o aumento da
frequência. Além disso, h(t) deve ser real, condição que exige que o módulo de H(f) seja uma
função par e a fase de H(f) seja uma função ímpar, como pode ser obervado nos gráficos.
 

Universidade Federal do Paraná - Departamento de Engenharia Elétrica - www.eletr.ufpr.br/artuzi