1.33 Distorção Linear
Intuitivamente percebe-se que um sinal não perde a informação
que transporta quando há um
atraso constante no seu recebimento ou quando há uma alteração
constante da intensidade
em relação ao sinal original. Entretanto, se o atraso
ou a intensidade variam no tempo rapidamente, a informação
original não pode mais ser replicada, caracterizando a distorção
do sinal.
A resposta ao impulso de um circuito elétrico fisicamente realizável
que não distorce o sinal
incidente deve ser um impulso com amplitude fixa K deslocado
no tempo de um valor fixo DT > 0.
h(t) = K.d(t - DT)
(1-45)
Tomando-se a transformada de Fourier desta resposta ao impulso obtém-se
a função de
transferência do circuito que não distorce a informação.
H(f) = K.e -j.2.p.f.DT
(1-46)
donde nota-se que
-
o módulo K é constante em relação à
frequência e
-
a fase - 2.p.f.DT
é proporcional à frequência.
Caso as condições acima não sejam satisfeitas,
diz-se que há distorção linear.
No exemplo abaixo verifica-se que a função H(f) apresenta
pouca distorção linear nas frequências
próximas de zero. As retas tracejadas indicam como deveria ser
a função de transferência sem
distorção linear.
Como DT deve ser um valor positivo, a fase
de H(f) deve sempre diminuir com o aumento da
frequência. Além disso, h(t) deve ser real, condição
que exige que o módulo de H(f) seja uma
função par e a fase de H(f) seja uma função
ímpar, como pode ser obervado nos gráficos.
Universidade Federal do Paraná
- Departamento de Engenharia Elétrica
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